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Hidrogénio renovável

A Comissão Europeia lança a Segundo Leilão de hidrogénio renovável

A Comissão Europeia abriu a segundo Leilão de Hidrogénio Renovável, uma iniciativa que mobilizará cerca de 2.000 milhões de euros para financiar projetos de hidrogénio verde no Espaço Económico Europeu (EEE). Este leilão, gerido pela Agência Executiva Europeia de Clima, Infraestruturas e Meio Ambiente (CINEA), faz parte do programa Innovation Fund e do Banco Europeu do Hidrogénio.

Para o valor total disponível, 1.200 milhões de euros virão do Innovation Fund, enquanto os restantes 700 milhões de euros serão contributos de Espanha, Lituânia e Áustria. O objetivo é oferecer apoio financeiro aos produtores de hidrogénio classificado como Combustível Renovável de Origem Não Biológica (RFNBO), com uma aposta ambiciosa para consolidar o papel do hidrogénio verde na descarbonização de setores-chave.

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Na primeira edição desta iniciativa, a Zabala Innovation conseguiu assegurar 314 milhões de euros em financiamento para os seus clientes, o que representou 44% do orçamento da convocatória. “O nosso histórico do primeiro leilão demonstra a nossa capacidade para posicionar os clientes para o sucesso”, sublinha María Yáñez, consultora da Zabala Innovation especializada na convocatória. “Para alcançar o sucesso, a definição de preços competitivos é essencial, mas também é fundamental cumprir cada critério técnico e operacional”, acrescenta.

Categorias e Objetivos do Segundo Leilão de Hidrogénio Renovável

O leilão de hidrogénio renovável prioriza projetos que possam acelerar a adoção do hidrogénio renovável em setores-chave, sem requisitos de inovação, ao contrário do que é exigido no Innovation Fund.
As categorias de financiamento em que se divide a convocatória deste ano são:

  • Produção Geral: 1.000 milhões de euros para apoiar a produção de hidrogénio RFNBO sem restrições em relação aos compradores.
  • Setor Marítimo: 200 milhões de euros especificamente para promover o uso de hidrogénio no abastecimento de embarcações e aplicações marítimas.

Requisitos e fases

A convocatória estabelece critérios rigorosos para garantir que os projetos selecionados estejam alinhados com os objetivos da União Europeia:

  • Localização: Os projetos devem estar dentro do Espaço Económico Europeu (EEE).
  • Critérios Técnicos: É necessária uma capacidade mínima de eletrólise de 5 MW numa única localização.
  • Resiliência: O fornecimento de pilhas de eletrólise provenientes da China está limitado a 25%, promovendo a resiliência nas cadeias de abastecimento europeias.
  • Maturidade e Prazos: Deve ser demonstrada a preparação técnica, operacional e financeira. Os projetos devem alcançar o encerramento financeiro dentro de dois anos e meio e iniciar operações antes de 2030.

O processo do leilão é dividido em fases-chave para garantir a seleção de projetos viáveis e de alto impacto:

  • Publicação de Termos e Condições: As orientações detalhadas sobre elegibilidade, procedimentos de apresentação e prazos foram publicadas em setembro de 2024.
  • Leilão Competitivo: Os projetos elegíveis apresentam candidaturas ao financiamento na forma de ofertas de prémio fixo, limitadas a 4 euros por quilograma de hidrogénio produzido, indicando a produção anual média em quilogramas durante os primeiros 10 anos de operação.
  • Avaliação: Todas as candidaturas são classificadas com base no preço da oferta, depois especialistas avaliam os projetos em termos de maturidade técnica, operacional e financeira. As propostas devem demonstrar capacidade para alcançar o encerramento financeiro em dois anos e meio e estar operacionais dentro dos cinco anos seguintes à aprovação da subvenção.

Precedente do Primeiro Leilão

O leilão piloto de hidrogénio renovável da Comissão Europeia, que encerrou em fevereiro de 2024, estabeleceu um precedente significativo no financiamento de projetos nesta área. Das 132 propostas apresentadas, sete projetos inovadores de Espanha, Finlândia, Noruega e Portugal receberam financiamento, dois dos quais com o apoio da Zabala Innovation. Estes projetos, que conseguiram preços competitivos entre 0,37 euros e 0,48 euros por quilograma de hidrogénio produzido, asseguraram subvenções que variaram entre 8 e 245 milhões de euros.