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Cooperação científica

Promover a colaboração em I&D com as COST Actions

COST Actions
Francesc Fabrega

Francesc Fabrega

Consultor de Projetos Europeus

No mundo de hoje, a colaboração em investigação e desenvolvimento é crucial para o progresso científico e tecnológico. Por conseguinte, as atividades de ligação em rede, a formação, os seminários e outros eventos realizados pelos investigadores desempenham um papel fundamental. Um grande exemplo disso são as ações da Cooperação Europeia em Ciência e Tecnologia (COST). Financiada pela UE, esta iniciativa promove a colaboração e o intercâmbio de conhecimentos entre investigadores e profissionais de diferentes países europeus.

As vantagens da cooperação são muitas. A colaboração abre caminho à superação de barreiras individuais e ao acesso a uma base de conhecimentos mais alargada. Esta dinâmica permite também a convergência de diversas perspetivas e abordagens, contribuindo para aumentar a qualidade e a relevância da investigação. Além disso, a colaboração impulsiona a transferência de tecnologia, acelerando a transformação dos avanços científicos em aplicações práticas, e ainda, maximiza o impacto da investigação, abordando questões relevantes e promovendo a adoção dos resultados. Ao evitar a duplicação de esforços e ao otimizar a afetação de recursos, consegue-se também uma maior eficiência.

Em última análise, a cooperação em I&D é fundamental para enfrentar os desafios globais e criar soluções eficazes e sustentáveis. Isto não só reforça a inovação, como também tem um impacto positivo de grande alcance na sociedade em geral.

A comunidade científica no centro das COST Actions

Na mesma linha, as COST Actions centram-se em áreas temáticas específicas e reúnem peritos de diferentes disciplinas para abordar problemas comuns e desenvolver soluções inovadoras. Uma das suas principais características é a sua abordagem inclusiva. Ao contrário de outros programas de financiamento da investigação, as COST Actions não se centram em projetos individuais, mas incentivam a criação de redes de colaboração a longo prazo. Os investigadores podem juntar-se a elas e participar em grupos de trabalho, workshops, conferências e reuniões, onde partilham conhecimentos, trocam ideias e estabelecem colaborações frutuosas.

Desta forma, as COST Actions financiam atividades no domínio da mobilidade dos investigadores, da organização de eventos científicos ou de seminários e publicações conjuntos, entre muitas outras. A abordagem é ascendente, o que significa que os temas e as propostas são gerados pela própria comunidade científica e são completamente abertos.

Estes programas exigem a participação de, pelo menos, sete parceiros (investigadores do meio académico, PME, instituições públicas e outras organizações ou partes interessadas relevantes) de diferentes países da UE e membros associados, assegurando uma representação diversificada e o intercâmbio a nível transnacional. A sua distribuição geográfica inclui membros com menor intensidade de investigação, como a Albânia, a Arménia e a Bósnia e Herzegovina, que fazem parte dos países-alvo da inclusão, juntamente com 22 outros Estados.

Uma vez selecionada, a proposta de atividades conjuntas recebe apoio financeiro. As COST Actions também proporcionam uma plataforma para o intercâmbio de conhecimentos e a criação de redes de colaboração duradouras entre os participantes.

Uma tarefa desafiante

No âmbito deste programa de financiamento, é publicado um único convite anual à apresentação de propostas, sendo que a próxima data de encerramento é a 25 de outubro. Na avaliação, que é feita de forma anónima, a excelência científica e o impacto social destacam-se como os critérios mais relevantes.

Ao preparar uma proposta, a primeira dica é planear a apresentação com bastante antecedência. Idealmente, pelo menos dois a três meses antes do prazo. Há anos que as COST Actions encerram em outubro, pelo que este aspeto é mais fácil de resolver do que noutros convites.

Por outro lado, contactar organizações de países muito diferentes é sempre uma tarefa difícil, tanto devido às diferenças culturais como ao tempo que necessitam para analisar uma ideia de projeto e dar os seus contributos. Além disso, as organizações que contactamos nem sempre são recetivas. Para evitar estes problemas, é sempre bom ter um parceiro de confiança que possa dar apoio e que também tenha bons contactos noutras universidades e centros de investigação.

É também necessário estruturar uma ideia de projeto da forma mais clara possível, pensando sempre no impacto final, tal como exigido pela Comissão Europeia. Desta forma, com um consórcio forte, objetivos ambiciosos, mas ao mesmo tempo realistas, e uma ideia com um grande impacto na sociedade, teremos uma boa base para construir uma proposta de sucesso.

Na Zabala Innovation, temos uma vasta experiência na prestação de aconselhamento estratégico em projetos de I&D+i, apoio financeiro, gestão de projetos e soluções personalizadas para maximizar o impacto e o sucesso das iniciativas de colaboração dos nossos clientes. Da concetualização à implementação, somos especialistas em transformar ideias em soluções tangíveis que beneficiam tanto a sociedade como o avanço global da investigação e desenvolvimento. Estamos igualmente aptos a analisar oportunidades de participação em projetos já em curso e a aconselhar os nossos clientes em todas as fases da sua implementação.

Pessoa especialista

Francesc Fabrega
Francesc Fabrega

Sede de Bilbau

Consultor de Projetos Europeus